08 novembro 2008

Visita à padroeira

Nesse exato momento estou em São Paulo, no meio de uma crise econômica mundial e flutuação louca do dólar... Mas não vi por causa da Santa Ifigênia apenas. O CONISLI é o motivo, mas a Santa é o pretexto para ter vindo um dia antes.

Cheguei aqui determinado a comprar coisas que fossem úteis e baratas. Levantei o preço no Rio, e se o preço fosse menor ou igual, aqui o item seria adquirido. Explico: No Rio eu teria q sair de casa e ir até a loja. Aqui eu já estou na loja. Logo, menos gastos correlatos: translado, combustível, estacionamento, etc. Melhor.

Chegamos (eu, esposa e cunhada) cedo à Santa, numa sexta-feira de meio de mês, logo o povo tem pouco dinheiro no bolso, e as ruas, mais vazias. Falemos então do que vi:

A primeira coisa que percebi é a seleção natural para os shoppings de eletroeletrônicos se tornarem mais específicos. Não existem shoppings onde SÓ tem videogames, por exemplo. Mas existem aqueles cujos certos subgrupos de gadgets são mais comuns. Logo, o primeiro de todos, ainda no viaduto Santa Ifigênia, tem maior presença dos "jogos eletrônicos". Outros tem mais informática (como o da Santa Ifigênia, 276). É curioso como isso ocorre naturalmente.

Nos camelôs sobre o viaduto, brinquedos ridículos chineses, pega-trouxas (aquelas apostas de onde está a bolinha embaixo do potinho), e um vendendo CD-ROMs cheios de MP3 (está escrito). E testa na hora! Será que executa todas as músicas?

Na Eletromil (Viaduto Santa Ifigênia, 299), antes de chegar na igreja de Santa Ifigênia, muitos itens de videogame, várias estatuetas de personagens de anime, quadrinhos e games (não necessariamente nessa mesma ordem), e o trailer de abertura de Metal Gear Solid 4. Deve ter uns 20 minutos, acho. Segundo disseram, mais de 1 Gb de tamanho. Só?

Entrando na Santa, lá vamos nós... Chegamos bem cedo na Santa, encontramos as lojas abrindo ainda. Logo, movimento menor. Beleza. Levantei preços de mini-mouses com cabo retrátil para notebooks, mini-hubs USB, mini-teclados, uma fonte de alimentação ATX slim, placas-mãe mini-ITX, e dar uma olhada "por aí".

Pois bem, o mini-mouse eu achei a partir de R$ 20, o que é bom, no Rio começa em R$ 30. Pensei num mouse wireless, Bluetooth... Mas além de ser mais caro (R$ 55, em média), tem o incômodo de ficar levando também o carregador das baterias do mouse. Afinal, quando você mata um fio, você faz nascer um carregador. Uma droga, eu diria.

Quanto ao mini-teclado, fiquei pensativo. sobre um teclado flexível, daqueles, de silicone. Claro que ele tem um apelo muito mais chamativo, a la Justin Long em Duro de Matar 4 (um teclado num Nokia N800?), quem viu vai lembrar. Mas a sensação táctil dele não é boa. E eu digito muito, quem me conhece, sabe que eu não morro de amores por mouses. Logo, prefiro teclados. Acabei comprando um teclado pequeno, pelo mesmo preço do flexível (que tem bloco numérico, inclusive) e acho que foi um bom negócio. O preço foi o mesmo do flexível, e foi um modelo da Multilaser, e comprei na Lucena Informática (Santa Ifigênia, 51 - Loja 16).

O mini-hub USB tinha que ser pequeno e fácil de ser levado. Preferi um que era hub USB 1.1 pelo preço menor e pelo tamanho (quase minúsculo). O que eu realmente precisava para usb 2.0 pode ficar numa das 2 portas USB restantes. Acho que vai dar certo. Acabei comprando no Clube da Informática (Santa Ifigênia, 92 - Loja 10/14), embora a Nível A Informática (Santa Ifigênia, 73 - Loja 36) também tivesse um preço muito bom.

Outro item que andei procurando foi uma comum chave seletora, uma daquelas, que a gente liga 3 dispositivos via RCA na TV, e chaveia entre eles. Precisamos de uma na escola, para poder chavear entre um micro, uma câmera de segurança e o que mais vier na TV de 29 polegadas. Achei a R$ 15 (mais barato do que no Rio), no início da Santa (esqueci o nome da loja). Os cretinos ainda não me pagaram, mas ela está guardada lá na escola, pronta para ser usada.

A fonte... Sim, a fonte. Essa é para por dentro do meu MSX da Philips, um NMS-8250 que é prostituído, passa mais tempo com os outros do que comigo. Pois é, procurei, e achei algumas fontes: Na Nodaji (Rua Aurora, 153 a 161), achei uma fonte do jeito que eu queria: Realmente pequena, 200W, potência real, da Maxxtro. R$ 83. Desanimei, afinal o MSX não puxa tanta corrente, que justifique uma fonte de potência real. E também lembrei da famosa frase do povo da MSXBR-L sobre a Nodaji: "Dá nojo!". Continuei procurando, e achei uma não tão pequena, na VitóriaComp (Rua Vitória, 202), a R$ 40. Tomara que dê.

Placas mini-ITX são raridade no Brasil todo. No MercadoLivre você ainda encontra algumas dessas placas, mas numa loja é difícil de achar. Andei muito atrás de uma, perguntei em muitas lojas, e só achei numa: Na Master 10 (Rua Santa Ifigênia, 218 - Loja 10), achei uma a R$ 175, com pagamento à vista, em dinheiro. Mas acho que era uma das com processador VIA de 800 Mhz, logo nada lá muito diferente do meu Duron 800. Bem, vale pela olhada, acho que vou esperar o dólar baixar, e atacar uma com um Atom dual-core, que nem o AcidX fez.

De baterias, comprei um par para os meus rádios Motorola Talkabout, e achei a R$ 15 no Rei das Baterias (Rua Santa Ifigênia, 338 - Loja 03). No ML estava a R$ 10, mas ainda teria que pagar frete. Muito melhor, boto no bolso e saio com elas.

E "na olhada por aí", o que vi de interessante:
  • Muitos GPS! Aliás, já tinham alguns abaixo de R$ 500. De vários tamanhos e modelos, mas não sei se vale tanto a pena, se temos celulares com GPS embutidos. A maioria usa o mapa do Apontador, e vi alguns conseguindo sinal mesmo dentro de um prédio.Não entendo muito de GPS, já pensei em ter um... Mas não há a necessidade ainda.
  • Minha cunhada estava interessada num celular com TV digital, e viu um a R$ 450, da Nokia. Não, não vi qual era a loja. Mas ela comprou um "MP4" (argh) da "Sony" (que aceita cartões SD!) a R$ 65. Disse-me ela que está funcionando, mas já teve que ser formatado, deu uma zica.
  • De curiosidade, vi um Palm T|X, e perguntei o preço. R$ 1090. Bem, a maconha que ele está usando é da boa, então me manda uns quilos aí! Fala sério, eu gosto de Palms, tenho um T|X, e comprei ele no (finado) Stand Center a R$ 780 há 2 anos e meio atrás. Alguém está drogado nessa história, e não sou eu. Em compensação, os cartões micro-SD de 2 Gb a R$ 30... Mini-SDs sumiram da praça, só temos micro-SDs e SDs normais. Se quiser algo "do meio", é só colocar num adaptador.
  • De videogames, contei nos dedos onde vi Xbox 360. Nem precisa dizer que o Xbox "original" é "mosca da cabeça branca" por lá. Mas me espantei por ter visto tão poucas "caixas". Os PS3 eram até mais comuns, mas os PS2 ainda tem uma presença forte por lá. Vi muitos vendendo jogos para eles. Mas o campeão é o Wii. Perdi as contas de quantos boxes e lojas eu vi vendendo controles, Wii Fits, consoles (inclusive desbloqueados), e muitos apetrechos, para você encaixar o Wiimote dentro e jogar tênis, jogo de corrida, etc, etc, etc e etc.
  • Curioso notar que o preço cai conforme vamos mais para dentro da rua. Claro, de alguma forma eles tem que atrair freguesia. Aliás, guardei uma lista de preços de hardware, para comparar com o que vejo aqui no Rio, via BoaDica:
  1. Gravador de DVD LG: R$ 55 (SP), R$ 54 (RJ)
  2. HD 250 Gb Samsung: R$ 155 (SP), R$ 115 (RJ)
  3. Memória DDR 1 Gb: R$ 80 (SP), R$ 50 (RJ)
  4. Memória DDR2 1 Gb: R$ 55 (SP), R$ 27,50 (RJ)
  5. Memória DDR2 2 Gb: R$ 95 (SP), R$ 54 (RJ)
  6. Notebook Asus eeePC 900: R$ 1190 (SP), R$ 1060 (RJ)
  7. Memória micro-SD: R$ 30 (SP), R$ 18 (RJ)
  8. Mini-teclado Multilaser: R$ 30 (SP), R$ 24 (RJ) (*)
  9. Mini-hub USB: R$ 20 (SP), R$ 10 (RJ) (*)
(*) Modelo parecido, não igual.

Claro que há questões a se levar em conta:
  • O levantamento contou por onde eu passei na Santa, e eu confrontei com o BoaDica.
  • Alguns itens são levantamentos de UMA loja só, como os HDs e as memórias. Não é necessariamente o melhor preço de lá.
  • Os preços da Santa foram levantados há mais de 15 dias, e o do Rio... No BoaDica.
  • Em São Paulo tem a comodidade de tudo estar num lugar só, e perto. No BoaDica, não tomei esse cuidado ao levantar preços.
Conclusão: Não está tão vantajoso sendo mais jogo comprar por lá. Mesmo com a economia em combustível, tempo, estacionamento, etc... A maioria dos itens você encontra no centro do Rio, bastando caminhar um pouco para lá e para cá.

Bem, é isso. Mas mesmo assim, pretendo voltar lá para procurar "o que não se acha por aqui". Vamos ver se eu consigo.

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